Em 1965 com 21 anos de idade adquiro uma moto Honda 150 que fez as minhas delícias mas que a determinada altura e face a um grande susto que apanhei porque vi a morte à minha frente desisti deste tipo de meio de transporte fiz uma rifa americana através da qual consegui angariar um valor em dobro daquele que a moto me havia custado. Estava no Songo, Distrito do Uíge, em Angola. Com esse dinheiro resolvi comprar o meu primeiro automóvel e falando com um pseudo amigo aconselhou-me um carro que seu irmão possuía com 12 anos um Volkswagen carocha aquele modelo cujo pisca-pisca, era um dispositivo que saía a meio do carro indicando assim a mudança de direcção. Foi um barrete que enfiei pois fartei-me de gastar dinheiro com reparações mecânicas com o mesmo. Resolvi vendê-lo e com muita dificuldade lá consegui, comprando de seguida um automóvel Taunus 17 TS a um cunhado que mo vendeu. O único problema que tive foi com a suspensão mas ainda assim não o mantive por muito tempo, apesar de ter sido o carro com o qual fiz o passeio de lua-de-mel após o casamento e depois passando por Luanda tive de mandar reparar a suspensão. Vendi-o e então comprei o primeiro automóvel novo a estrear um Saab 96 que o trouxe a Portugal em viagem de férias em 1972, tendo-o vendido em 1973 na capital do Huambo, comprando o Renault 17 TL , também novo, mas que foi uma autentica desilusão, desde os canhões das fechaduras que partiam com uma frequência incrível até ao consumo de gasolina com o então mal-fadado carburador Solex que chegou a consumir 16 litros de gasolina a cada 100 quilómetros. No processo da descolonização vendi o automóvel, tendo adquirido um Fiat 850 Sport que era tão bom que até um semi-eixo partiu. Chegado a Portugal em 1975, cometi o erro de adquirir uma FIAT 600 usado a um indíviduo que morava na Rua da Escola de Medicina Veterinária em Lisboa. Uma desgraça completa um barrete dum tamanhão. Desfiz-me dele passado alguns meses porque era mais o tempo que estava na oficina do que o período que me proporciona o seu uso. Comprei então um Honda N360 novo com o qual consegui fazer mais de 100 mil quilómetros e embora me tenha custado 75 contos como o preço dos carros estava a subir consegui vendê-lo por 90 o que achei um verdadeiro feito, dado que os automóveis depreciam e nunca são uma mais valia. Comprei então Um Suzuky 800 com um motor tricilindrico representado pela Cimpomóvel o mesmo representante da Saab e do Honda que como foi o lançamento da marca em Portugal os seus preços eram comparativamente com outros marcas do mesmo segmento de utilitários muito apelativo. Custou na altura 360 contos e embora tenha também nele percorrido mais de 100 quilometros, vendi-o também com lucro porque entretanto o seu valor em novo tinha passado para mais de 800 contos. Vendi-o por 400 contos. Comprei então um Opel Corsa 1.2 de 5 portas também novo. Foi um automóvel com o qual nunca tive problemas mecânicos apenas e só uma avaria eléctrica. Nessa altura comprei também usado um Fiat 127 com o qual o filha se deslocava para a faculdade e em reparações mecânicas gastei tanto dinheiro como se tivesse comprado um carro novo, tendo posteriormente adquirido em sua substituição e igualmente usado um Opel Corsa GT. O Opel Corsa 1.2 mantive-o 5 anos tendo depois vendido e comprado um automóvel novo um Nissan Sunny 1.4 a gasolina. Foi sem dúvida o automóvel que mais me satisfez em termos de comportamento e fiabilidade. Apenas um senão. Fui embatido por mais de 4 vezes por terceiros que distraidamente me amolgaram o carro e me obrigavam a levá-lo à oficina para o reparar de chapa e pintura obviamente assumindo os autores a responsabilidade pelo sucedido. Desfiz-me do carro porque já eram demasiadas as vezes por esta atracção fatal que me amarrotavam o carro. Vendi-o e comprei então também novo um Peugeot 406 TD que também o mantive por 5 anos, automóvel esse que nunca teve qualquer avaria e felizmente nunca um mau encontro com um terceiro distraído. Troquei-o por uma carrinha BMW série 3 TD nova, com a qual tive dois problemas sendo eles com a quebra do cabo dos elevadores dos vidros das portas. Este automóvel tal como o anterior ou seja o Peugeot 406 que tive ambos em viagem de passeio pelo norte do País mais concretamente na região de Trás-os-Montes quer um quer outro a dada altura revelaram sintomas de fadiga do motor, ou seja por utilizar várias subidas íngremes notei tal estar a acontecer. Troquei a carrinha BMW série três por um Subaru Legacy bi-fuel (gasolina e GPL), mas o facto de nesta tristeza de país os automóveis a GPL não poderem estacionar em parques fechados vi-me obrigado a desfazer-me do carro porque andado a fazer tratamento no hospital de S-. Francisco Xavier e ser difícil o estacionamento nas proximidades não o poder estacionar no parque o hospital. Mas antes de vender a carrinha BMW adquiri pela internet um Mercedes Benz SLK 230 Kompressor que após a legalização alfandegária que me custou como se costuma dizer os olhos da cara conservei o carro cerca dum ano e que fez as minhas delícias em termos de curtição. Para o conseguir despachar dado que o entusiasmo de conduzir este carro estava a ser demasiado oneroso em custo do combustível tive de adquirir um Mitsubishi Colt a diesel, novo que apenas o possuí cerca de 6 meses e troquei-o por um Suzuki Baleno a gasolina usado que também vendi posteriormente. Presentemente e julgo ficar por aqui o automóvel que fez as minhas delícias é um Lexus IS 2.0D . Ou seja ao longo da minha existência, até à presente data possuí 19 automóveis, tendo face ao comportamento de cada um construído uma opinião através da qual hoje me sinto com alguma autoridade para aconselhar ou desaconselhar determinadas opções que amigos queiram fazer em relação a certas marcas cuja fiabilidade é duvidosa ou direi mesmo inexistente.
Comentários Recentes