Sinceramente quando oiço dizerem que António de Oliveira Salazar era um homem inteligente, até os pelos que possuo e são imensos se eriçam

O ditador Salazar apesar de haver saudosistas que o classifiquem dum estadista inteligente, não o era. Foi na altura em que assumiu o poder em termos de economia e finanças do país, face à situação em que se encontrava a pessoa certa no momento. Mas não foi muito para além da assunção da chefia do governo, que se protegeu a partir da institucionalização da ditadura do seu poder com a criação da polícia política a famigerada PIDE. Já o referi e volto a referir que Angola, o país com a maior período de  colonização verificada em África, mais de cinco séculos, era o território dito português com a maior riqueza africana comparativamente com outros territórios, uns já descolonizados e outros ainda sobre a colonização como era o caso de Portugal que foi o último país a realizar a pior descolonização que há memória na história. Mas isso já me cansei de referir o que pretendo com este post é duma vez por todas contribuir para desfazer o mito que o António de Oliveira Salazar era um político inteligente. Não, não foi. Angola a minha terra natal, era o território dito português que comparativamente com outros territórios africanos possuía. todos os minérios existentes na crosta terrestre e cada vez que havia uma descoberta a Lei na altura obrigada a selar. A exploração diamantífera na chamnada região da Lunda, estava concessionada a uma empresa inglesa denominada Diamang. Salazar o tido como um cérebro de excelência concedeu à dita firma o exclusivo por tempo indeterminado da exploração diamantífera. Ou seja noutro qualquer sítio de Angola que fosse detectado vestígios da existência de diamante ninguém podia mexer porque isso era propriedade exclusiva da Diamang. Outro disparate da governação de António de Oliveira Salazar era que a exploração da maior linha férrea existente em Angola no per4íodo da colonização, que unia o Lobito a Dilolo, numa extensão de linha férrea de 1-314, estava igualmente concessionada a uma empresa inglesa, sobrando para exploração ferroviária do governo então de Angola a pior exploração ferroviária que era de Luanda a Malange. Ou seja António de Oliveira Salazar que apesar de ter sido várias vezes convidado por governadores gerais de Angola para conhecer o território e verificar a sua potencialidade económica, nunca o aceitou e saíu do seu reduto, o palaciano. As potencialidades que Angola possuía têm sido, desde a independência do território, sido a fonte da receita da família de José Eduardo dos Santos e dele próprio porque o tacanho do António de Oliveira Salazar nunca percebeu que Angola, era o território africano mais rico que todos os outros, porque além de vários explorações de minério alguns deles nobres como os diamantes e cobre, para além de ferro e outros minerais, possuía petróleo, que no enclave de Cabinda estava concessionada a uma empresa norte-americana. Mas Angola, em termos de potencial do sobsolo, era outro potencial do solo. A agricultura não era em termos de riqueza menos promissora. Na altura em que Portugal descolonizou vergonhosamente Angola era em termos de ranking mundial o 7º. país maior produtor de café robusta, apesar de também por lá ser produzido café arábica, como era o caso de Gabela e Porto Amboim explorações confiadas à CADA, uma companhia também concessionada ao estrangeiro. Por tudo quanto anteriormente fica dito. Arrepia-me ouvir aos ignorantes neste País que, quando afirmam que António de Oliveira Salazar era um político inteligente, se me arrepiam os pelos do corpo pela enormidade do disparate.